Energia e Meio Ambiente

Governo mais aberto à exploração de petróleo no Alasca

O Departamento do Interior autorizou, no dia 4, o plano inicial da empresa Shell para explorar petróleo no Alasca. O projeto visa à perfuração de quatro poços no Mar de Beaufort em 2012 e contém detalhes sobre como a empresa responderia em caso de derramamento de petróleo. Apesar de a Shell ainda precisar de permissões de outras agências do governo, incluindo a Agência de Proteção Ambiental, a autorização do Departamento do Interior foi um grande passo para a obtenção da licença final. A companhia já gastou cerca de US$ 4 bilhões em mais de cinco anos tentando se adequar às regras ambientais. A decisão do governo representa uma mudança política da administração Obama, que vinha dificultando a liberação de licenças desde o vazamento da BP no Golfo do México no ano passado. Na campanha presidencial em 2008, o presidente Obama posicionou-se contrário à exploração no Ártico, embora tenha admitido na época que poderia mudar de ideia caso tivesse em mãos um projeto seguro para o meio ambiente. A decisão também demonstra preocupação do governo com o alto preço do combustível e o índice de desemprego. Michael Levi, especialista em energia do Council on Foreign Relations, afirmou que a administração parece ter aprendido ser preferível regulação à proibição. Outros analistas interpretam o gesto como uma tentativa da Casa Branca de obter apoio das indústrias de petróleo nas eleições de 2012. O anúncio fez com que ambientalistas intensificassem a campanha contra a exploração no Ártico, alertando que um vazamento nessas águas teria impacto mais devastador do que o desastre ocorrido no Golfo.

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