Planos para moratória implicariam em escolhas difíceis

Caso o limite da dívida pública dos EUA não seja elevado até 2 de agosto, o país terá de declarar moratória, deixando de pagar todas as suas obrigações. Projeções sobre quais pagamentos serão honrados ou não, quem será afetado e as demais situações que podem ocorrer em caso de calote começam a ser feitas, mesmo que a administração Obama acredite no aumento do limite. A previsão é de que entre os dias 3 e 31 de agosto, o Tesouro arrecade US$ 127 bilhões e tenha que pagar US$ 307 bilhões. Com esta arrecadação, seria possível pagar os juros da dívida pública, a previdência social, os programas Medicare e Medicaid, os fornecedores do Departamento de Defesa e os benefícios para desempregados. Contudo, pagamentos para soldados na ativa, salários dos veteranos de guerra, auxílios estudantis, vale-alimentação e ajuda para mulheres e crianças pobres estariam comprometidos. Além disso, as datas de arrecadação e gastos do governo não coincidem, o que causaria atrasos desiguais entre os pagamentos, gerando grande desinformação. O Tesouro vem preparando um plano para o caso de moratória, mas não o divulgou ainda por acreditar no aumento do limite. Apesar de declarar não poder interferir na situação, espera-se que o Fed trabalhe para acalmar o sistema bancário, garantindo que os bancos tenham dinheiro para operar. Para funcionários de Wall Street, os títulos da dívida devem ser pagos, principalmente os que estão em posse de governos, como a China. Todavia, honrar compromissos financeiros em detrimento de benefícios sociais poderia causar uma crise política.

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