Aumento na arrecadação alivia pressão sobre dívida

O Departamento do Tesouro anunciou um aumento maior do que o esperado na receita fiscal, na última segunda-feira, 2 de maio. A melhora alivia a pressão sobre o aumento do limite da dívida do governo federal. A última rodada de captação do Tesouro deverá encerrar-se em 16 de maio, quando o governo atingirá o limite de endividamento estipulado em US$ 14,29 trilhões. Sem poder recorrer a novas emissões, estima-se que o governo precisará mobilizar US$ 125 bilhões por mês para pagar o que deve. A arrecadação inesperada e novas medidas emergenciais anunciadas pelo secretário do Tesouro, Timothy Geithner, permitirão que o governo continue honrando seus compromissos até 2 de agosto sem necessidade de alteração do limite da dívida pelo Congresso; a previsão anterior era de que o Tesouro faria pagamentos até julho. Geithner destacou que deverá fazer uso de aproximadamente US$ 100 bilhões que o Tesouro tem depositado no Federal Reserve, além de suspender US$ 232 bilhões em programas de empréstimos especiais (em sua maioria para estados e municípios) para pagar despesas operacionais. Embora isso forneça mais tempo para as negociações no Congresso, o secretário mostrou-se preocupado caso uma decisão não seja tomada a tempo. O governo seria obrigado a declarar moratória, tendo como consequência atrasos ou cancelamentos de salários de funcionários públicos, incluindo militares, e de benefícios de aposentados e desempregados, entre outros. O governo também suspenderia os pagamentos de juros da dívida pública, causando pânico nos mercados internacionais e elevando as taxas pagas pelos EUA em futuras captações.

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