Obama abre caminho para maior diálogo com republicanos

O presidente Barack Obama sinalizou estar disposto a maior diálogo com os republicanos após a derrota democrata nas eleições de novembro. Na segunda-feira, 29, Obama propôs o congelamento dos salários dos funcionários públicos federais pelos próximos 2 anos, o que reduziria o déficit em US$ 5 bilhões – impacto muito pequeno no déficit orçamentário anual de US$ 1,3 trilhão. Assim, a proposta foi entendida como um aceno do presidente à oposição, que pressiona por cortes de gastos do governo, especialmente na folha de pagamento. John Boehner (R-OH), atual líder da minoria na Câmara, aproveitou para propor o congelamento também de novas contratações pelo governo. Já na terça-feira, dia 30, Obama recebeu na Casa Branca líderes republicanos na tentativa de estabelecer um acordo em relação à extensão dos cortes de impostos da era Bush. Nenhum compromisso formal foi firmado, mas especula-se que Obama possa ceder à extensão temporária de todos os cortes – o desejo da Casa Branca era de extensão apenas para rendas até US$ 250.000 – em troca da ratificação do New START, da prorrogação dos benefícios para desempregados e do financiamento das operações do governo no próximo ano. Foi criado também um grupo bipartidário para resolver o impasse gerado pela expiração dos cortes de impostos da administração Bush, formado pelo secretário do Tesouro Timothy Geithner, o diretor de orçamento da Casa Branca, Jacob Lew, e dois parlamentares de cada partido. A extensão dos cortes deve ir à votação ainda este ano.

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