Wikileaks: Departamento de Estado ordena espionagem na ONU

Documentos publicados pelo WikiLeaks revelaram instruções da secretária de Estado Hillary Clinton para que seus funcionários obtivessem informações sigilosas sobre funcionários da ONU e representantes de Estado na organização, incluindo o secretário-geral Ban Ki-moon. As mensagens visavam desde números de cartões de crédito, milhagens aéreas, chaves criptografadas a dados biométricos, como amostras de DNA, impressões digitais e escaneamento da íris. A operação chamada Coleção Nacional Secreta de Diretivas de Inteligência Humana – uma espécie de conjunto de ordens do Departamento de Estado – foi transmitida a missões nas Nações Unidas em Nova York, Roma e Viena, e a 33 embaixadas e consulados, tendo envolvido as principais agências de inteligência, como CIA, FBI e Serviço Secreto. Os arquivos também mostram a preocupação do governo com a relação de funcionários da ONU e de representantes do Conselho de Segurança com grupos terroristas e países sensíveis para os Estados Unidos, tal como Sudão, Afeganistão, Paquistão, Coreia do Norte, Irã e Somália. Segundo a Convenção sobre Privilégios e Imunidades de 1946, as propriedades das Nações Unidas são invioláveis e a sua vigilância é ilegal, apesar de comumente praticada. Tanto o porta-voz do Departamento de Estado, P.J. Crowley, como a representante do país na ONU, Susan Rice, negaram que os diplomatas dos EUA atuem em funções de espionagem.

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