Negociações recentes entre a secretária de Estado,Hillary Clinton, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, levaram os EUA a propor vantagens a Israel em troca de nova moratória de 90 dias em assentamentos na Cisjordânia. A proposta precisa ser aprovada pelo gabinete ministerial de segurança israelense, que se opõe à possível inclusão de Jerusalém oriental na suspensão e à possibilidade de sua renovação. Acredita-se que ambas as demandas estariam contempladas nos termos discutidos por Clinton e Netanyahu em 11 de novembro, assim como a concessão de 20 caças F-35 no valor de três bilhões de dólares – além das vinte unidades vendidas recentemente – e a garantia de veto dos EUA a resoluções desfavoráveis ao aliado no Conselho de Segurança da ONU. Os benefícios não diferem daqueles concedidos periodicamente, porém, vão de encontro a interesses recentes do Estado judeu. O apoio na ONU ajudaria a barrar tentativas palestinas de reconhecimento unilateral junto a outros países. Segundo o ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, os aviões poderiam atacar o Irã sem serem detectados por radar. O departamento de Estado dos EUA reiterou o compromisso com a defesa de Israel e com a criação de um Estado Palestino baseado nas fronteiras de 1967, desde que refletisse assentamentos posteriores e atendesse às preocupações de segurança em Tel Aviv. O analista Aaron David Miller, ex-negociador do governo dos EUA no Oriente Médio, disse que essas preocupações são o foco do acordo, e que a proposta favorece Israel. O negociador palestino, Nabil Shaath, criticou a iniciativa, considerando-a um presente generoso dos EUA.