Câmara dos EUA aprova medidas para pressionar câmbio chinês

A Câmara dos Representantes aprovou, em 29 de setembro, projeto de lei que permite ao Departamento de Comércio adotar medidas punitivas contra países que manipulem suas taxas de câmbio. A votação veio logo em seguida aos depoimentos do secretário do Tesouro, Timothy Geithner ao Congresso, no último dia 16, sobre as relações dos EUA com a China, principal alvo da legislação aprovada. Parlamentares e vários especialistas acusam a China de subvalorizar o próprio câmbio, o que funcionaria como subsídio às exportações do país e prejudicaria a recuperação econômica dos EUA. Fabricantes, sindicatos e agricultores também culpam a distorção cambial pelo aumento do desemprego e do déficit comercial. Segundo o Peterson Institute, uma valorização do yuan em 20% – semelhante à ocorrida entre 2006-2008 – reduziria o déficit americano em US$ 120 bilhões e criaria 500.000 empregos nos próximos dois anos. A proposta foi uma das poucas iniciativas bipartidárias deste Congresso, tendo sido aprovada por 348 votos a favor e 79 contra. Todavia, é pouco provável que o projeto passe no Senado e venha a tornar-se lei. A administração Obama também não declarou apoio. O governo evita um confronto direto, temendo represálias do seu segundo maior parceiro comercial. O porta-voz do ministro do comércio chinês disse que a medida viola as regras da OMC e negou que o país subvalorize sua moeda. Em tom mais moderado, declarou que a China deseja tomar medidas conjuntas com os EUA para promover o comércio entre os países de forma mais equilibrada.

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