Governo quer reduzir limite para empréstimo imobiliário

A Agência Federal de Finanças à Habitação (FHFA, na sigla em inglês) planeja reduzir o teto dos financiamentos imobiliários garantidos pelas empresas Fannie Mae e Freddie Mac. O objetivo da medida é diminuir a presença das companhias no mercado de hipotecas e estimular a participação do setor privado. Apesar de operarem como empresas autônomas, as duas gigantes do segmento são apoiadas por garantias do governo. Hoje, nove em cada dez novos financiamentos têm algum tipo de garantia governamental. Segundo a porta-voz da agência, um corte gradual nos limites de empréstimo diminuiria a exposição dos contribuintes a riscos hipotecários. Atualmente, a Fannie Mae e o Freddie Mac não podem assegurar empréstimos de mais de US$ 417 mil, exceto em mercados onde os preços dos imóveis sejam superiores aos padrões nacionais. A agência não informou de quanto seria o corte, mas disse que a provável implementação seria em janeiro de 2014. Os bancos afirmam ter interesse em suprir a demanda resultante de uma possível queda do limite, mas a decisão deverá enfrentar a resistência de congressistas e do setor imobiliário. Segundo críticos, a mudança comprometeria a venda de imóveis, prejudicando a recuperação da economia. O segmento imobiliário tem dado sinais de melhora, estimulado parcialmente por juros baixos. A FHFA afirma ter ampla autoridade e não precisar da aprovação do Congresso, já que as duas companhias estão sob intervenção do governo desde a eclosão da crise dos subprimes. Para analistas, a mudança reflete a dificuldade da agência em garantir a oferta de crédito à habitação desde então.

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