Energia e Meio Ambiente

Energia divide EUA e UE sobre rigor contra Rússia

O presidente Barack Obama e a chanceler Angela Merkel declararam que serão impostas sanções mais severas à Rússia caso o país tente impedir as eleições presidenciais ucranianas no próximo dia 25. Os comentários foram feitos na visita de Merkel a Washington, no dia 2. Laços comerciais e dependência energética em relação à Rússia, no entanto, dificultam que a União Europeia aplique punições duras. Um exemplo concreto é a ausência de Gennady Timchenko da lista de sanções europeias, embora o industrial seja o alvo mais conhecido nas penalidades já aplicadas pelos EUA. Timchenko é o maior empresário do setor de energia russo: uma de suas empresas é responsável pela construção do gasoduto South Stream. Com as obras previstas para começar em junho, o South Stream vai levar gás russo até a Itália e a Áustria, atravessando o Mar Negro sem cruzar o solo ucraniano. Com capacidade para o mesmo volume que é hoje transportado via Ucrânia, o gasoduto mostra as fricções no bloco europeu quanto a uma política de energia comum. Embora a Comissão Europeia ache que o projeto viola leis antimonopolistas, países como Bulgária, Itália e Alemanha defendem a obra. Por muitos anos, o South Stream enfrentou um plano concorrente idealizado pelos EUA. Intitulado Nabucco, o gasoduto ligaria o Azerbaijão à Europa, evitando tanto a Rússia quanto a Ucrânia. Apesar da pressão política dos EUA na última década, este projeto foi declarado comercialmente inviável no ano passado. Sem concorrência, a Rússia vem conseguindo atrair empresas e governos europeus, e espera ver sua opção concretizada até o fim de 2016.

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