Obama divulga proposta de orçamento

O presidente Barack Obama divulgou, no dia 9, proposta de orçamento para o ano fiscal de 2016-2017. O documento prevê gastos de US$ 4,15 trilhões, um aumento de 4,9% originado principalmente dos programas mandatórios como Medicare, Medicaid e Seguridade Social, e de juros da dívida pública. Os gastos discricionários teriam menos de 1% de aumento, mantendo o acordo bipartidário negociado em dezembro. O déficit federal projetado para 2016 é de US$ 616 bilhões, maior que os US$ 438 bilhões alcançados em 2015. Em 2017, o déficit cairia para US$ 503 bilhões e seria estabilizado em torno de 2,6% do PIB na próxima década. Isso seria atingido com acréscimo de receita de US$ 2,8 trilhões nos próximos dez anos, com mudanças tributárias que afetariam grandes empresas e famílias mais ricas. O orçamento traz pontos polêmicos, como uma taxa de US$ 10,25 por barril de petróleo importado ou produzido no país, que seria destinada para financiar projetos de transporte com energia limpa. A taxa não tem chance de aprovação, mas outras propostas podem conseguir apoio bipartidário. Obama solicitou uma verba de US$ 19 bilhões para segurança cibernética, 35% acima dos gastos atuais. O presidente também pediu US$ 1 bilhão para projetos de combate ao câncer, US$ 1,2 bilhão para tratamento e prevenção de drogas, e mais investimento no combate ao vírus zika. A maioria dos republicanos já mostrou discordância. O partido quebrou o protocolo e não convidará o diretor de Orçamento da Casa Branca, Shaun Donovan, para explicar a proposta na Câmara. Nas próximas semanas, Câmara e Senado devem apresentar seus planos de orçamento e dar seguimento ao processo até o fim de setembro.

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