Pentágono suspende operações conjuntas com forças afegãs

Autoridades militares dos EUA anunciaram, no dia 18, a suspensão temporária de operações conjuntas entre a OTAN e o governo afegão. A cooperação e o aconselhamento continuarão em altos níveis de comando, mas as atividades de patrulhamento precisarão ser autorizadas pelos generais. A decisão foi tomada após um final de semana em que seis soldados da OTAN foram mortos por forças afegãs. Uma das principais bases da aliança também foi invadida por membros do Talibã, o que causou a morte de dois marines. Segundo a organização, pelo menos um quarto dessas ofensivas está ligado à infiltração talibã nas forças de segurança do governo afegão. Oficiais ocidentais disseram que a medida também se deve a receio de retaliações ao filme anti-islâmico produzido recentemente na Califórnia. Segundo agentes de inteligência dos EUA, as investidas do Talibã mostram uma nova estratégia de seus comandantes para prejudicar a transição de poder no Afeganistão. A paralisação das atividades dificulta o treinamento de mais de 350.000 tropas locais, um passo vital para que os EUA possam retirar quase 70.000 soldados do país até 2014. De acordo com o chefe do Estado-Maior, general Martin Dempsey, o aumento da insurgência representa sério risco aos esforços de guerra. Pouco lembrada durante a campanha presidencial, a guerra no Afeganistão volta a ocupar espaço na mídia. Para o presidente Barack Obama, que anuncia o plano para encerramento da guerra como um dos trunfos de sua política externa, um eventual retrocesso militar seria prejudicial.

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