Relatório reacende polêmica sobre uso de tortura pela CIA

A Human Rights Watch divulgou, no dia 6, um relatório denunciando práticas da CIA durante o governo Bush. O documento traz relatos, até então ignorados, de que a CIA teria praticado tortura contra 14 prisioneiros líbios no Afeganistão, em 2003. Segundo o relatório da ONG, que é conhecida por atuar em defesa dos direitos humanos, os torturados eram opositores do regime de Gaddafi. Os dissidentes, que treinavam no Afeganistão, teriam sido confundidos com terroristas e capturados pela agência de inteligência. As novas informações contradizem alegações da CIA de que técnicas de tortura teriam sido usadas nos interrogatórios de apenas três suspeitos de terrorismo. A porta-voz da Agência, Jennifer Youngblood, preferiu não comentar as acusações. Youngblood, entretanto, afirmou que, em 2010, o DOJ revisou o tratamento dado pela CIA a mais de 100 detentos e optou por prosseguir com as investigações em apenas 2 casos. Na semana passada, o DOJ encerrou as duas investigações pendentes. Segundo o procurador-geral Eric Holder, o processo não pôde ser concluído por falta de evidências. O arquivamento dos casos pôs fim à possibilidade de punição dos envolvidos na morte de dois prisioneiros e aos esforços do governo Obama para apurar as práticas de interrogatório. A decisão do Departamento desapontou liberais que apoiavam Barack Obama por sua postura de defesa dos direitos humanos. Em 2008, quando ainda era candidato à presidência, Obama denunciou o uso recorrente de tortura pela administração de George W. Bush.

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