Negociadores deixam Paquistão sem concluir acordo logístico

Os EUA retiraram do Paquistão, no dia 11, negociadores que tentavam um acordo para restabelecer a rota de abastecimento da OTAN para o Afeganistão. A passagem está fechada desde novembro, como retaliação de Islamabad à morte de militares paquistaneses em um ataque da aliança. Autoridades militares dos EUA concluíram que a margem de negociação se esgotara após 45 dias de tentativas. O Pentágono nega que a decisão foi motivada pela recusa do líder do Exército paquistanês, Ashfaq Parvez Kayani, em receber o  secretário assistente de Defesa, Peter Lavoy, na semana passada. Segundo William Speaks, porta-voz da instituição, os EUA retomarão as discussões caso o Paquistão demonstre interesse em concluir os debates. Além de ser vital para o suprimento de alimentos, armas e combustíveis para a OTAN, a rota é importante para o plano de retirada das tropas de combate até 2014. Analistas calculam que o transporte pela fronteira é 2,5 vezes mais barato do que pela rota alternativa via Ásia Central. Para reabrir a passagem, Islamabad exige que a Casa Branca faça um pedido formal de desculpas pelo ataque de novembro. Além disso, o governo paquistanês pretende cobrar até US$ 3.000 por veículo que utilizar a rota. Os EUA estariam dispostos a pagar apenas US$ 1.000. A estagnação nas negociações coincide com declaração recente do secretário de Defesa, Leon Panetta, acusando o governo paquistanês de ser tolerante com insurgentes em seu território. Panetta também negou que os ataques da OTAN violem a soberania paquistanesa, ponto sensível para os militares e a população do Paquistão.

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