EUA temem retrocesso após massacre de civis no Afeganistão

A morte de 16 civis afegãos por um militar dos EUA, no dia 11, levou membros da administração Obama a temer que o processo de retirada das tropas seja prejudicado. O massacre soma-se a outros episódios recentes envolvendo a atuação inadequada de militares dos EUA no Afeganistão. A queima de um exemplar do Corão por soldados, em fevereiro, causou violentos protestos populares e críticas do governo afegão. Um oficial do Pentágono afirmou que a série de incidentes pode reforçar o discurso da ala mais radical do Talibã, que acusa a aliança ocidental de desrespeitar a população afegã e sua religião. A posição desses radicais tem sido um dos obstáculos ao avanço nas negociações dos EUA com o grupo. Outro efeito possível é uma maior rejeição aos esforços de tropas especiais para ganhar a confiança de habitantes de vilas rurais. Segundo o especialista em contrainsurgência Seth Jones, eventos como o do dia 11 podem inutilizar trabalhos construídos ao longo de meses. Crescerá também a preocupação quanto à segurança de militares dos EUA responsáveis pelo treinamento de soldados afegãos, que já foram alvo de atentados recentemente. O massacre também pode afetar as relações com o governo afegão. No momento, os dois países discutem uma parceria estratégica de longo prazo, que inclui a presença dos EUA no Afeganistão após a retirada prevista para 2014. No curto prazo, o trágico acontecimento prejudica os planos para o fim das operações de combate em 2013.

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