Ações armadas da DEA se estendem à América Central

Equipes armadas da agência antidrogas dos EUA, a DEA (Drug Enforcement Administration), vêm atuando ativamente na América Central durante a administração Obama. As operações são realizadas pelo FAST (Foreign-deployed Advisory Support Team), que foi criado em 2005 para perseguir traficantes no Afeganistão. Os membros do grupo, em sua maioria ex-militares, recebem equipamentos e apoio logístico do Pentágono. A DEA afirma que as missões do FAST na América Central se restringem ao treinamento de forças locais e que seus agentes só entram em combate quando atacados. No entanto, ex-funcionários de governos de países envolvidos, assim como documentos oficiais vazados pelo Wikileaks, revelaram que agentes da DEA têm um papel ativo em ações contra traficantes de drogas. Em alguns casos, a DEA chegaria a ultrapassar limites legais que restringem a sua atuação no exterior. Em março, agentes dos EUA trocaram tiros com criminosos em Honduras e na Guatemala, chamando a atenção da mídia local. Integrantes do FAST, responsáveis pelo treinamento de 100 agentes antidrogas no Haiti, também prenderam três traficantes locais em 2011. Bruce Bagley, especialista da Universidade de Miami, acredita que a atuação do FAST pode melhorar o combate às drogas na região no curto prazo. Contudo, Bagley alerta para consequências negativas, como o desrespeito à soberania dos países envolvidos. Além disso, a maior publicidade das operações e eventuais baixas entre os agentes podem levar a questionamentos no Congresso acerca da natureza do programa.
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