EUA suspendem financiamento à UNESCO

O Departamento de Estado decidiu cortar a ajuda financeira à UNESCO, no dia 31. O anúncio foi uma resposta à votação que admitiu a Autoridade Palestina (AP) como membro da organização, com 107 votos a favor, 14 contra e 52 abstenções. O corte é baseado em duas leis, uma de 1990 e outra de 1994, que proíbem o financiamento a agências da ONU que admitam membros que não sejam internacionalmente reconhecidos como Estados. A decisão do governo deve prejudicar ações da organização, já que os EUA financiam 22% do seu orçamento. Indiretamente, os EUA também acabam prejudicados, como no caso do programa de alfabetização da UNESCO no Afeganistão. Como os soldados afegãos treinados pelos EUA participam do programa, a suspensão da alfabetização afeta negativamente o treinamento militar. O fim do financiamento também prejudica empresas de tecnologia, como Apple, Google e Microsoft, já que essas empresas contam com a UNESCO para desenvolver alguns projetos em países em desenvolvimento. A porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, afirmou que o governo devia rever as legislações junto ao Congresso ou tentar contorná-las. No entanto, a sugestão tem pouca chance de respaldo legislativo. A representante Ileana Ros-Lehtinen (R-FL), líder do Comitê de Relações Exteriores da Câmara, apoiou o corte e classificou a votação como um ato contra Israel e a paz. Na semana passada, o representante Steve Israel (D-NY) liderou esforços para convencer os congressistas a manter vigentes as leis em questão. Segundo o democrata, a adesão da AP à UNESCO é prejudicial a Israel.

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