EUA e Colômbia próximos de acordo de livre-comércio

Os EUA e a Colômbia devem anunciar essa semana a conclusão de um acordo de livre-comércio, o segundo firmado entre os dois países em quatro anos. As negociações com a Colômbia se alongaram por conta de problemas com questões trabalhistas, colocando democratas e sindicatos nos EUA contra o tratado. Mas a oposição democrata parece ter mudado de opinião nos últimos dias. Na segunda-feira, 4, os senadores Max Baucus (D-MT) e John Kerry (D-MA) publicaram um artigo de opinião no The Wall Street Journal defendendo o acordo e vinculando iniciativas de livre-comércio à criação de emprego. Na terça-feira, 5, o representante comercial dos EUA, Ron Kirk, comunicou ao Comitê de Apropriações da Câmara o progresso das negociações. O presidente colombiano Juan Manuel Santos teria concordado em combater a violência contra líderes sindicais, processar criminosos e proteger direitos trabalhistas. Santos está nos EUA e deve ir à Washington na quinta-feira, 7. O acordo com o Panamá, que sofre oposição por razões semelhantes, aguarda aprovação de legislação sobre questões trabalhistas e tributárias no parlamento local. Um terceiro acordo pendente, com a Coreia do Sul, espera apenas da ratificação do Congresso para entrar em vigor. A mudança da posição democrata é reflexo da pressão do setor empresarial e da maioria republicana na Câmara, que espera aprovar os três acordos até 1 de julho. Os projetos são de grande interesse do presidente Barack Obama, que aumentou a pressão pela conclusão das negociações após as eleições de novembro. Com a conclusão dos tratados, Obama pretende combater a imagem de hostilidade ao empresariado, encontrar terreno comum com republicanos e contribuir para a geração de empregos via exportações.

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