EUA vetam resolução da ONU contra assentamentos israelenses

Os EUA vetaram a resolução do Conselho de Segurança (CS) da ONU que considerava ilegais os assentamentos israelenses na Cisjordânia. A proposta, introduzida pelo Líbano em nome dos palestinos, pedia pelo fim das construções e o desmantelamento das que foram erguidas a partir de março de 2001. Todos os outros membros permanentes e rotativos do CS apoiaram a resolução. A embaixadora dos EUA na ONU, Susan Rice, ressaltou que o veto – o primeiro no mandato de Obama – não significa que o país concorde com as construções, mas que a resolução resultaria no endurecimento das posições e dificultaria o consenso. Segundo o The Wall Street Journal, Obama propusera ao líder palestino, Mahmoud Abbas, apoio ou abstenção em troca de um ajuste semântico: chamar os assentamentos de ilegítimos, e não de ilegais. Abbas teria recusado a oferta para não irritar a opinião pública palestina. No dia 20, manifestantes protestaram em Ramallah contra a política contraditória dos EUA: defender a liberdade no mundo árabe e refutar a libertação do povo palestino e a criação de um Estado palestino democrático. Internamente, os EUA devem receber menos críticas. Figuras importantes do Comitê de Assuntos Externos da Câmara, como Ileana Ros-Lehtinen (R-FL) e Howard Berman (D-CA), apoiaram o veto, um gesto bipartidário que representa a opinião de boa parte dos congressistas. O cenário doméstico pode explicar parcialmente o fato de que, dentre 14 resoluções vetadas no CS desde 2000, 10 foram decididas pelos EUA, das quais 9 relacionadas ao conflito israelense-palestino.

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