EUA tentam negociar transição gradual

A pressão de aliados no Oriente Médio pode ter influenciado as últimas negociações dos EUA com o governo do Egito. Israel, Jordânia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos temem que uma mudança abrupta de regime no país desencadeie instabilidade regional. No último final de semana, representantes dos EUA no Cairo passaram a defender uma transição de poder gradual. O presidente Hosni Mubarak preservaria seu cargo, mas o comando do governo caberia ao vice-presidente Omar Suleiman. Em contrapartida, os EUA pedem a revogação das leis de exceção que vigoram há anos e que o novo governo inclua membros da oposição. O regime transitório também precisaria promover reformas eleitorais e constitucionais. De acordo com a secretária de Estado Hillary Clinton, o Egito não está institucionalmente preparado para eleições imediatas, o que poderia desequilibrar o cenário político e permitir a ascensão de grupos radicais. A Irmandade Muçulmana, maior grupo de oposição, concordou em negociar os termos da transição. Apesar disso, e dos apelos domésticos e internacionais, nem todas as forças opositoras sentaram-se à mesa de negociação. Muitos opositores consideram a saída de Mubarak uma condição inegociável. O diplomata Mohamed ElBaradei chegou a anunciar que a aliança oposicionista está preparando uma nova constituição e um conselho provisório de transição. As reuniões de bastidores não evitaram o recrudescimento das manifestações, intensificadas com as greves que tomaram conta do país na quarta-feira, 9 de fevereiro.

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